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Saúde fará auditoria nos casos de infecção de HIV em transplantes

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta sexta-feira (11) que o Ministério pediu uma auditoria do Sistema Nacional de Auditoria do SUS sobre a situação envolvendo a contaminação por HIV de pacientes transplantados no Rio de Janeiro.

Seis pacientes tiveram confirmação positiva para HIV, após receberem órgãos que haviam passados por testes realizados na empresa PCS laboratórios, de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

O laboratório foi contratado pela Secretaria de Estado de Saúde, em dezembro do ano passado, de forma emergencial, porque o Hemorio -Instituto Estadual de Hematologia, estava sobrecarregado.

Segundo Nísia Trindade, o Ministério também pediu a interdição cautelar do laboratório, a retestagem de todo o material e o encaminhamento de todos os testes para o Hemorio.

A ministra disse ainda que a pasta vai prestar todo o apoio e assistência especializada aos doadores e receptores que testaram positivo e também a seus familiares.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde considerou o caso inadmissível e disse que criou uma comissão multidisciplinar para acolher os pacientes afetados. O laboratório privado já teve o serviço suspenso e foi interditado cautelarmente. A secretaria informou ainda que está realizando um rastreio com a reavaliação de todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores, a partir de dezembro.

O laboratório PCS Lab disse, em nota, que abriu sindicância interna para apurar as responsabilidades do caso e que informou à Central Estadual de Transplantes os resultados de todos os exames de HIV realizados em amostras de sangue de doadores de órgãos entre 1º de dezembro de 2023 e 12 de setembro de 2024. 

A nota diz ainda que todas as testagens foram realizadas com os kits de diagnóstico recomendados pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa.

O Ministério Público do Estado instaurou um inquérito civil para investigar o caso e também ressaltou que está à disposição para ouvir as famílias afetadas, receber denúncias de quem se sentir lesado e prestar atendimento individualizado.


Agência Brasil

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