No Brasil, quase 45 mil pessoas esperam a doação de um órgão para transplante, de acordo com o Ministério da Saúde. Uma delas é a mãe da professora Sheila Silva, diagnosticada com doença renal crônica. Ela aguarda um rim há quase um ano, em Brasília. Sheila defende uma política de conscientização para aumentar o número de doadores no Brasil e conta como é a rotina da mãe.
“Hoje, ela realiza quatro sessões de hemodiálise por semana. Entre o fim de 2023 e o início de 2024, foi iniciado o protocolo para entrar na fila única de transplante, sendo ela diagnosticada paciente renal crônica. Desde então, ela faz acompanhamento no Hospital Universitário de Brasília. A doação de órgãos é um gesto que salva vidas.”
Para uma pessoa doar órgãos no país, é necessária a autorização da família após a morte. E por isso é importante deixar o maior número de pessoas cientes dessa intenção. Outra forma também é emitindo um documento, a Autorização Eletrônica para Doação de Órgão (AEDO).
Para facilitar esse serviço e incentivar mais pessoas a serem doadoras, os Cartórios de Notas de todo o país realizam, neste sábado (19/10) mais uma Jornada Notarial. um mutirão, em várias cidades, para ajudar qualquer pessoa a emitir o documento de Autorização Eletrônica para Doação de Órgão. Basta levar um documento original com foto.
Mas, isso também pode ser feito na internet. É preciso ter um certificado digital, que também é feito pelos cartórios de notas. O presidente do Colégio Notarial do Brasil no Distrito Federal, Hércules Benício, explica que o serviço é de graça e pode ser feito pessoalmente, ou online, pelo site aedo.org.br ou pelo aplicativo E-notariado.
“Caso essa pessoa tenha, por exemplo, uma carteira nacional de habilitação com foto, para que o tabelião à distância possa certificar com quem está conversando. E aí até uma verificação da biometria facial do requerente dessa autorização eletrônica de doação de órgãos. A pessoa vai ter um certificado digital para assinar um documento. Essa assinatura será acompanhada por uma videoconferência em que a pessoa vai conversar com o tabelião e manifestar a sua livre vontade de autorizar a doação de órgãos.”
Com a autorização eletrônica, a AEDO, finalizada, é importante, mesmo assim, avisar aos familiares sobre a intenção de ser doador de órgãos, em caso de falecimento. Assim basta que eles consultem o CPF, em caso de morte, para ter a confirmação de que é um doador.
Agência Brasil