O Ministério da Saúde e a prefeitura do Rio de Janeiro chegaram a um acordo para que os hospitais do Andaraí e Cardoso Fontes sejam administrados pelo município.
A medida foi anunciada nesta quarta-feira após reunião entre o presidente Lula e ministros com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, no Palácio do Planalto, em Brasília.
A decisão é alvo de críticas do Sindsprev-RJ, Sindicato dos Trabalhadores Federais em Seguridade e Seguro Social do Rio de Janeiro, que já marcou um protesto para esta quinta-feira, dia 05.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, avaliou que a municipalização dos hospitais federais vai promover a abertura de leitos e a melhoria na qualidade do atendimento à população.
O acordo prevê que o município receba 610 milhões para custeio de ações classificadas como de alta e média complexidades em saúde. Além disso, a União vai repassar 100 milhões de reais para o Hospital Federal do Andaraí e 50 milhões para o Hospital Federal Cardoso Fontes. Os recursos serão pagos em parcela única ainda este mês.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, avalia que em um ano as obras de reestruturação serão concluídas.
Outras duas unidades já iniciaram processo de reestruturação: os hospitais federais de Bonsucesso e dos Servidores do Estado.
Ao todo, existem seis hospitais federais na capital fluminense. Eles são especializados em tratamentos de alta complexidade para pacientes de todo o país dentro do SUS.
Essa grande concentração de unidades federais, incomum nas demais cidades brasileiras, se deve ao fato de o Rio de Janeiro ter sido capital do país. E continuaram sob a gestão do Ministério da Saúde mesmo depois da construção de Brasília.
Mobilizados pelo Sindsprev-RJ, os servidores têm realizado protestos contra o que chamam de fatiamento e desmantelamento da gestão da rede de hospitais federais na capital do estado do Rio.
*Com informações da Agência Brasil
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