Faltando 21 dias para o fim do ano, Belo Horizonte ainda não alcançou a meta de vacinação contra a coqueluche estabelecida pelo Ministério da Saúde, que é de 95% de cobertura para crianças de 2 meses a 4 anos. Dados da Secretaria Municipal de Saúde indicam que apenas 76,8% dos menores de 1 ano e 65,5% das crianças de 4 anos foram imunizadas.
Os baixos índices de vacinação refletem nos casos da doença: até o momento, foram confirmados 285 registros de coqueluche e uma morte. A subsecretária de Promoção e Vigilância em Saúde, Taísa Drummond, reforça a importância de os pais levarem os filhos para se vacinarem.
“É essencial que pais e responsáveis levem crianças e adolescentes para a vacinação. Algumas falsas informações sobre efeitos adversos graves e complicações, que não são verdadeiras, geram insegurança. As vacinas são seguras, e precisamos desconstruir esses mitos”, afirmou.
Ela destacou ainda que, como as primeiras doses da vacina contra a coqueluche são aplicadas em bebês antes de completarem 1 ano, há uma resistência maior dos responsáveis. “Estamos trabalhando fortemente nas unidades de saúde para explicar que não há riscos. As unidades estão preparadas para receber essas crianças e ampliar a cobertura vacinal”, completou.
Taísa também frisou a importância da vacinação das gestantes, já que a imunidade passa da mãe para o bebê antes que este receba a primeira dose. “Quando a mãe mantém a caderneta de vacinação em dia, ela protege o filho”, concluiu.
Para ampliar a cobertura vacinal, seguindo a recomendação do Ministério da Saúde, a Prefeitura de Belo Horizonte iniciou em junho a vacinação, em caráter excepcional e temporário, de grupos específicos, como profissionais de saúde que atuam em ginecologia, obstetrícia e pediatria, além de doulas e trabalhadores em berçários e creches com crianças de até 4 anos. Desde então, cerca de 19 mil doses foram aplicadas.
A vacina contra a coqueluche está disponível em todos os postos de saúde da capital.
Agência Brasil