A região nordeste deve ganhar nos próximos meses uma rede de pesquisas sobre tumores malignos hematológicos, ou seja, ligados à produção e regulação das células do sangue.
O projeto, aprovado no Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica, do Ministério da Saúde, é liderado pela equipe baiana da Fiocruz.
Além da pesquisa científica, a ideia é beneficiar diretamente os pacientes atendidos na região, por meio de tratamento de imunoterapia e melhoria no diagnóstico e identificação das doenças.
O projeto da Fiocruz Bahia também vai avaliar os fatores de risco e as características socioeconômicas da Região Nordeste. Isso ajuda a desenvolver estratégias de promoção da saúde pública mais direcionadas.
De acordo com o Observatório de Oncologia, os tumores malignos que afetam as células sanguíneas, a medula óssea e os órgãos linfóides correspondem a 5% dos novos casos de câncer identificados na população brasileira adulta. Além disso, 7% das mortes por tumor estão ligadas ao aparecimento da doença nesses sistemas.
Com o projeto de Fiocruz, os pacientes do SUS na região nordeste terão acesso a testes para definição do tratamento, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Atualmente, poucos desses testes são realizados no Estado da Bahia.
A nova rede conta com hospitais oncológicos da Bahia, a Fiocruz Ceará, o Instituto Carlos Chagas no Paraná e o Instituto Oswaldo Cruz e o Instituto Nacional de Câncer, no Rio de Janeiro.
Agência Brasil
