COLUNISTAS Não Robotize a Maternidade

Os Palpites que Minam a Confiança das Mães

Desde o momento em que uma mulher anuncia a gravidez, ela se torna um alvo fácil para palpites. Todo mundo tem algo a dizer: “Parto normal é melhor!”, “Cesárea é mais segura!”, “Não dê chupeta!”, “Se não amamentar, não vai criar vínculo!”, “BLW é a melhor forma de introdução alimentar!”, “Vai dar papinha? Que absurdo!”

Essas opiniões, muitas vezes ditas com boas intenções, acabam minando a confiança das mães. Em vez de apoio, elas recebem um constante julgamento disfarçado de conselho. O resultado? Mães inseguras, duvidando da própria capacidade de maternar.

O problema é que quem dá o palpite não vive aquela rotina. Não sabe das dores, dos desafios, das necessidades daquela família. O que funciona para uma mãe pode não funcionar para outra, e tudo bem. Mas, no meio dessa enxurrada de opiniões, a mãe começa a se perguntar: “Será que estou fazendo certo?”, “E se eu estiver prejudicando meu filho?”

A verdade é que a única pessoa que pode decidir o que é melhor para um bebê é a mãe dele. Informação de qualidade e conexão com o filho são muito mais valiosos do que qualquer conselho aleatório. O que precisamos não é de julgamentos, mas de acolhimento.

Se você é mãe, confie em você. Seu instinto vale mais do que qualquer palpite. Se você é alguém que dá opinião sem ser chamado, pense bem antes de falar. Em vez de impor certezas, que tal perguntar: “Como posso te ajudar?”

Apoiar uma mãe é muito mais poderoso do que opinar sobre suas escolhas.

Por Daniela Fontana

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