Saude

Estudo aponta que vapor de gasolina pode ser cancerígeno

Estudo publicado pela Agência Internacional para Pesquisa em Câncer mostrou que inalar o vapor da gasolina pode causar câncer de bexiga e leucemia mieloide aguda, que atinge a medula óssea.

De acordo com a publicação, há também evidências, mesmo que limitadas, de que a ocorrência de outros tipos de doenças podem ser relacionadas a esse tipo de intoxicação, pois a gasolina é formada por uma mistura complexa, que pode conter aditivos químicos tóxicos e cancerígenos.

Os cientistas alertam que a exposição a esse gás afeta principalmente pessoas que trabalham diretamente com o combustível, seja na produção, transporte e reabastecimento de automóveis. Um dos mais vulneráveis são os frentistas, porque estão expostos a níveis mais altos de gasolina do que a população em geral.

Por isso, ao abastecer o carro, a recomendação é não pedir para o frentista encher o tanque até a boca, afirma a epidemiologista Ubirani Otero, da Área Técnica Ambiente, Trabalho e Câncer do INCA, Instituto Nacional de Câncer.

“A gente tem a maquininha automática que enche o tanque, ele vai encher até aquele momento, vai parar ali. Quando você pede para completar, você tá aumentando o risco para o frentista, que ele tem que aproximar o rosto do tanque e o ouvido para ouvir, que aquele tanque já tá momento de parar. Então você aumenta a exposição”.

Este mês, o INCA emitiu seu posicionamento sobre o estudo. O Instituto recomenda, entre outras ações,  “a redução gradativa da exposição ocupacional à gasolina de veículos e automóveis e a implementação de processos de trabalho mais modernos a fim de evitar a exposição excessiva do trabalhador”.

Segundo a epidemiologista, não há níveis seguros à exposição de agentes reconhecidamente cancerígenos.

“Então nós esperamos que em breve espaço de tempo haja substitutos para esse produto, bem como para o benzeno. Substituindo gasolina, a gente também substitui os aditivos que foram também classificados e o benzeno, principalmente”.

Nossa equipe entrou em contato com a ANP, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e com a ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, para saber se algum procedimento ou norma de segurança será atualizado depois da publicação do estudo e das recomendações do INCA. Mas ainda aguarda resposta.

*Com informações da Agência Brasil


Agência Brasil

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