Será que você tem vermes? A pergunta é bem pertinente, porque muita gente não sabe que tem o problema. Por outro lado, é enorme a quantidade de pessoas que oferecem protocolos de desparasitação nas redes sociais, sem nenhuma comprovação médica. Procedimentos que podem fazer mais mal do que bem para a saúde.
Esta edição do Viva Maria traz informações sobre como detectar uma infecção parasitária e como tratar corretamente o problema. E não são só vermes, mas também protozoários e amebas. Quem fala sobre o tema é a escritura Sonia Hirsch, que há 40 anos escreve sobre alimentação, saúde e bem-estar e é autora do livro “Almanaque de bichos que dão em gente”.
Ela afirma que muitas vezes a pessoa apresenta sintomas, mas não sabe qual é o problema.
“Elas vão de especialidade em especialidade procurando um diagnóstico, tomando isso e aquilo, e os vermes estão lá, corroendo a pessoa por dentro. Quando eu falo “corroer”, estou falando uma verdade, por exemplo, em relação às amebas. As amebas corroem a submucosa intestinal, o que faz com que a maior parte dos cânceres de intestino seja devido à presença de amebas. Elas habitam o intestino grosso, penetram e começam a corroer.”
De acordo com Sônia, o problema das infecções parasitárias e especialmente sério no Brasil, onde muitas pessoas carecem de saneamento básico.
“Falta de saneamento, pobreza, falta de coleta de lixo, higiene em geral, e também porque a alimentação piorou muito. Essa alimentação industrializada favorece um ambiente propício aos parasitas, com muito açúcar, muita farinha e muita gordura de má qualidade. A pessoa come para encher a barriga porque está com fome, mas acaba enchendo também a barriga dos vermes.”
“E quando falamos “coma verduras”, “tempere com alho”, “não coma doces”, “não belisque entre as refeições”, parece quase impossível para muita gente, que não tem como comer verduras, não consegue fazer suas refeições, come o que aparece porque está trabalhando, mora longe do serviço, ganha pouco. Às vezes, sai de casa sem se alimentar e vai comer qualquer coisa mais tarde. Isso, claro, favorece os parasitas.”
Agência Brasil