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Justiça destitui presidente da CBF do cargo e determina novas eleições

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu por destituir Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), além de determinar a designação de um interventor para a entidade. O escolhido pelo TJ-RJ foi José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

A votação resultou em 3 votos a favor da destituição do então presidente da CBF. Uma nova eleição será realizada em 30 dias, mas ainda é possível interpor recurso por parte de Ednaldo. Os votos favoráveis à destituição foram do relator Gabriel Zéfiro e dos desembargadores Mauro Martins e Mafalda Luchese.

O julgamento desta quinta-feira tratou da legalidade de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pela CBF e pelo MPRJ em março do ano passado. Naquela época, o TAC permitiu que a Assembleia Geral da CBF elegesse Ednaldo Rodrigues para comandar a entidade. O Estadão entrou em contato com a confederação e o MPRJ pedindo um posicionamento sobre o tema. A matéria será atualizada em caso de resposta.

O acordo foi firmado porque o MPRJ considerava ilegais as regras que regiam a eleição na confederação brasileira. Isso porque uma mudança no estatuto da entidade, em 2017, estabeleceu pesos diferentes para os votos praticados por federações e clubes das séries A e B. Na prática, bastava as federações votarem em conjunto para definir o presidente.

Foi sob essa regra que Rogério Caboclo, indicado pelo presidente afastado Marco Polo del Nero, elegeu-se presidente da CBF naquele ano. E ele tinha entre um de seus vices o próprio Ednaldo Rodrigues, que acabaria assumindo o comando da entidade de forma interina quando Caboclo foi destituído, em meio a denúncias de assédio – que ele sempre negou e pelas quais foi inocentado na Justiça.

Opositores de Ednaldo tentaram barrar a eleição de março de 2022 alegando que o TAC fora assinado por ele, como presidente interino, e serviu para referendar uma eleição que o tornaria presidente de fato. Nesta quinta-feira, a Justiça do Rio acatou o pleito.

TERRA/ FOTO PODER 360

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