Em um ato que uniu fé, cultura e história, aconteceu na manhã deste sábado (1º), diante do Cristo de Mário Cravo, na Serra do Periperi, a 1ª Missa do Vaqueiro de Vitória da Conquista.
O evento, organizado pela Paróquia Nossa Senhora Aparecida, com iniciativa do vereador Luís Carlos Dudé e apoio da Prefeitura Municipal, marcou o início das comemorações pelos 185 anos de emancipação política da cidade, celebrando também a devoção à Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.
A celebração, presidida pelo Arcebispo Dom Vitor, reuniu centenas de vaqueiros, cavaleiros, amazonas e fiéis católicos, em um momento de espiritualidade e reconhecimento da cultura sertaneja.
Durante o evento, a prefeita Sheila Lemos (UB) destacou a importância histórica e simbólica da iniciativa:
“Vitória da Conquista é uma terra de conquistenses e conquistados. Os tropeiros e vaqueiros foram essenciais no desbravamento e no desenvolvimento do município. Nada mais justo que celebrar e resgatar essa cultura tão presente em nossa história”, afirmou.
O vereador Luís Carlos Dudé reforçou que o evento também marca o início da campanha para a construção do Santuário de Nossa Senhora Aparecida em Conquista:
“Temos certeza de que esta é uma tradição que começa hoje e seguirá por todos os anos. É um momento de fé e de compromisso com o nosso povo”, declarou o parlamentar.
O padre Alessandro, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, ressaltou que a Missa do Vaqueiro representa um ato de fé e união, com o propósito de fortalecer as tradições religiosas e culturais do município. Já Dom Vitorlembrou que a tradição teve início em Serrita (PE), em 1970, e se espalhou pelo Brasil como símbolo da devoção e da identidade nordestina.
Entre os participantes, a tropa de cavaleiros e amazonas contou com destaque para os vaqueiros encouraçados de Lagoa Real, município reconhecido pela maior festa do vaqueiro do Sudoeste baiano. O prefeito José Carlos Trindade Duca (Bida) também participou da comitiva.
O vaqueiro Milton Aboiador expressou sua alegria em participar do evento:
“Poder vir aqui comemorar nossa cultura é muito bom”, afirmou.
O morador conquistense Igor Rocha, de 30 anos, reforçou o sentimento de pertencimento:
“Conquista carrega esse sangue de vaqueiro. É muito bom voltar às tradições.”
Já a jovem amazona Lorena Santos Silva, de 16 anos, celebrou a fé e a devoção à santa padroeira:
“Nossa Senhora Aparecida é protetora da gente e dos animais.”
Após a bênção dos vaqueiros, uma comitiva com mais de 500 cavaleiros e amazonas percorreu as ruas da cidade — Rua do Cruzeiro, Praça Sá Barreto, João Pessoa, Siqueira Campos, Rosa Cruz e Jorge Teixeira — até o Estádio Lomanto Júnior, em um cortejo de fé e emoção.
Durante a tarde, a programação seguiu no Parque de Exposições Teopompo de Almeida, com shows de Rivelino Lima, Rony Barbosa, Netinho do Forró e Edigar Mão Branca.
“Fiquei muito feliz em cantar neste marco histórico. Vitória da Conquista é um polo cultural magnífico e participar da primeira Missa do Vaqueiro é uma honra”, declarou Rony Barbosa.
A 1ª Missa do Vaqueiro já nasce como um marco na cultura e na religiosidade conquistense, prometendo se consolidar como um evento tradicional nos próximos anos.

