Os quilombolas ainda têm piores taxas de analfabetismo e condições de saneamento em comparação com a população geral. A avaliação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) após analisar os dados do Censo Demográfico 2022.
Naquele ano, um a cada 10 quilombolas baianos (13,4% ou 53.282 pessoas) vivia em domicílio com acesso inadequado aos três serviços de saneamento básico: abastecimento de água, coleta de esgoto e destinação final do lixo. A proporção supera o dobro da população geral, com índice de 6,6% das pessoas com saneamento inadequado.
De acordo com o instituto, a situação era mais grave nos territórios quilombolas delimitados. Nesses espaços, subia para 17% a proporção de cidadãos sem o direito básico.
Outros detalhes observados no estudo indicam que as desigualdades em relação à população geral eram maiores quando se tratava da coleta de esgoto. Na Bahia, a fossa rudimentar (tipo de buraco feito no solo para o descarte de dejetos) era o destino final para o esgoto de 58,7% dos quilombolas.
G1/FOTO: REPRODUÇÃO INCRA/BA