Na última sexta-feira (11), a impugnação da candidatura da prefeita Sheila Lemos (UB) virou assunto no jornal da CNN, comentado pela analista política Luísa Martins chamando a atenção para o processo de candidatura e as falhas que dão brechas para situações como esta.
A analista afirma que o Tribunal Superior Eleitoral, onde corre o processo da atual gestora, analisa uma forma de evitar que os candidatos disputem a eleição e possam correr o risco de terem suas candidaturas impugnadas posteriormente. “[…] o TSE estuda como evitar essa espécie de engarrafamento de candidaturas, questões aí que ficam pendentes aí de julgamento e fazem com que um candidato possa ir pra urna, ter o seu seu rosto, o seu número na urna, fazer a campanha eleitoral normalmente e depois poder ter seu registro de candidatura impugnado pela justiça eleitoral”, afirmou.
Parte do problema diz respeito ao intervalo de tempo em que as candidaturas são registradas e que a campanha de fato começa, que seria muito curto. “Neste ano, por exemplo, o prazo para registro de candidatura, para pedido de registro de candidatura foi no dia 15 de agosto e a campanha eleitoral começou no dia 16, no dia seguinte. Então praticamente todo esse processo de julgamento dos pedidos de candidatura ocorre de maneira simultânea à própria campanha eleitoral. Os candidatos podem ter normalmente ali seu horário de tempo de rádio e televisão, podem fazer a campanha nas ruas normalmente, correndo o risco de depois de eleitos acabarem tendo a sua candidatura impugnada pela justiça eleitoral. É claro que isso se deve muito ao próprio procedimento”, relembrou.